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Congresso Brasileiro de Microbiologia 2023
Resumo: 1074-2

1074-2

PRODUÇÃO DE BIOSSURFACTANTE POR Candida bombicola E APLICAÇÃO NA BIORREMEDIAÇÃO DE SOLO CONTAMINADO POR PETRODERIVADO

Autores:
Renata Raianny da Silva (UFRPE - Universidade Federal Rural de Pernambuco) ; Maria Catarina de Farias Caldas (UNICAP - Universidade Católica de Pernambuco) ; Carlos Vinícius Alves de Lima (UNICAP - Universidade Católica de Pernambuco) ; Leonie Asfora Sarubbo (UNICAP - Universidade Católica de Pernambuco, IATI - Instituto Avançado de Tecnologia e Inovação) ; Juliana Moura de Luna (UNICAP - Universidade Católica de Pernambuco)

Resumo:
Devido à grande necessidade de remediar áreas contaminadas por petroderivados, surgiu-se o interesse no desenvolvimento de novas tecnologias para o tratamento desses contaminantes de maneira não convencional, ou seja, sem a utilização de métodos químicos e físicos. Estudos recentes tem mostrado que surfactantes alcançados através da produção microbiana como bactérias e leveduras, têm a capacidade de solubilizar e mobilizar compostos orgânicos adsorvidos ao solo. Além disso, quando comparado aos surfactantes sintéticos, os biossurfactantes possuem melhores propriedades, como forte compatibilidade ambiental, menor toxicidade, maior atividade de superfície e alta biodegradabilidade; o que torna os biossurfactantes excelentes candidatos para utilização na biorremediação de solos contaminados. Nesse sentido, o objetivo desse trabalho foi a produção de biossurfactante pela levedura Candida bombicola e sua aplicação na biorremediação de solo contaminado por petroderivado. Para produção do biossurfactante, a levedura Candida bombicola foi cultivada em meio contendo água destilada suplementada com 5 % de milhocina e 5 % de resíduo da indústria de óleo de soja, em agitação orbital à 150 rpm, durante 144 h. Após a produção, o biossurfactante foi isolado e aplicado na biorremediação de solo contaminado. Para o ensaio de biorremediação, soluções do biossurfactante isolado na CMC e 2xCMC e 15% da sua espécie microbiana produtora foram adicionadas e as misturas incubadas a 150 rpm durante 90 dias. As misturas formuladas foram compostas por areia contaminada + melaço de cana + C. bombicola (condição 1); areia contaminada + melaço de cana + biossurfactante (CMC) de C. bombicola (condição 2); areia contaminada + melaço de cana + biossurfactante (2xCMC) de C. bombicola (condição 3) e areia contaminada + melaço de cana (controle). Em seguida, foi realizada a quantificações do derivado de petróleo removido da areia. Como resultado, foi observado que o biossurfactante produzido apresentou capacidade de remoção do contaminante na areia, e a concentração do biossurfactante isolado influenciou o percentual de remoção, demonstrando o aumento da capacidade de solubilização do óleo na fase aquosa pelo biossurfactante de C. bombicola acima da CMC. Portanto, o biossurfactante produzido mostrou-se bastante promissor apresentando eficácia na remoção do contaminante petroderivado adsorvido em areia, demonstrando grande potencial para ser utilizado como ferramenta para processos de biorremediação de solos contaminados.

Palavras-chave:
 Biossurfactante, Candida bombicola, Biorremediação, Solos contaminados


Agência de fomento:
Fundação de Amparo a Ciência e Tecnologia do Estado de Pernambuco (FACEPE).